Ednaldo Rodrigues é reeleito presidente da CBF por aclamação com 100% dos votos
Em seu discurso de agradecimento, Ednaldo ressaltou a importância da sua reeleição, destacando a superação dos desafios enfrentados durante sua gestão, incluindo episódios de preconceito e perseguições.
25 de Março de 2025 às 09:57
Na manhã desta segunda-feira, o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi reeleito por aclamação para mais um mandato à frente da entidade. A eleição, realizada na véspera do clássico entre Argentina e Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, marcou a continuidade de sua liderança no futebol brasileiro. O novo mandato terá início em março de 2026 e vai até março de 2030.
Em seu discurso de agradecimento, Ednaldo ressaltou a importância da sua reeleição, destacando a superação dos desafios enfrentados durante sua gestão, incluindo episódios de preconceito e perseguições.
“Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas”, afirmou. Ele ainda agradeceu a Deus, sua família e a todos os que o apoiaram ao longo do mandato, mencionando especialmente o apoio de entidades como a FIFA, a CONMEBOL e os representantes das federações e clubes.
A chapa de Ednaldo Rodrigues, intitulada “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”, conta com a presença de vice-presidentes de peso, incluindo Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti.
A reeleição de Ednaldo foi respaldada por um significativo apoio das federações e clubes. Ao todo, 27 federações, 13 clubes da Série A e 13 clubes da Série B assinaram a inscrição de sua chapa. Com isso, o atual presidente foi reeleito com a totalidade dos votos do colégio eleitoral da CBF – um apoio unânime que é simbólico, dado que o colégio eleitoral é formado pelas 26 federações estaduais e do Distrito Federal (com voto peso três), pelos 20 clubes da Série A (peso dois) e pelos 20 clubes da Série B (peso um).
A última eleição com dois candidatos à presidência da CBF ocorreu em 1989, quando Ricardo Teixeira, apoiado por João Havelange, venceu Nabi Abi Chedid. Desde então, a CBF não viu uma disputa acirrada pelo cargo. Esta é a primeira reeleição de Ednaldo Rodrigues, que assumiu a presidência de forma interina em junho de 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, que foi acusado de assédio sexual e moral.
Com direito a mais uma reeleição, Ednaldo pode seguir na presidência da CBF até 2034, consolidando seu poder no futebol brasileiro. Sua liderança segue em um momento crucial para o esporte no país, especialmente com os desafios que o futebol nacional enfrentará nas próximas edições de competições internacionais.
A CBF, fundada em 1914 como Confederação Brasileira de Desportos (CBD), passou a se chamar CBF em 1979. Desde sua criação, nove presidentes ocuparam a cadeira de liderança da entidade, sendo Ednaldo Rodrigues o mais recente a consolidar sua permanência no cargo.
Veja todo o discurso de Ednaldo
Veja todo o discurso de Ednaldo
"Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à Fifa, a Conmebol e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos".
"A CBF voltou a ter representatividade internacional. O português foi reconhecido como língua oficial da Fifa e Conmebol. Criamos a União das Federações de Futebol da Língua Portuguesa. Estabelecemos um Escritório de Projetos da CBF na Fifa, resultando no maior investimento que o Brasil recebeu da Fifa em toda sua história e posicionando a CBF como referência para o mundo inteiro em diversas áreas".
"Fomos pioneiros na liderança global do combate ao racismo, implementando medidas como a parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a reforma do RGC com sanções esportivas e a campanha #ComRacismoNãoTemJogo, vencedora do prêmio Fifa The Best. Também nos tornamos referência global em inclusão, apoiando iniciativas como a Seleção de Futsal Down, Futsal Nanismo e as Olimpíadas Especiais".
"Batemos recordes sucessivos de faturamento e superávit, reinvestindo mais de 70% no desenvolvimento e fomento do futebol brasileiro. O maior investimento da história! Intensificamos os esforços para implementar o Fundo de Legado da Copa do Mundo, construindo Centros de Desenvolvimento do Futebol em estados que não sediaram jogos e melhorando a infraestrutura dos estádios em todo o país. Aprimoramos os torneios existentes e criamos novos, como o Campeonato Sub-15 masculino com 32 clubes, campeonato brasileiro masculino sub-20 da série B com 20 clubes, Copa do Nordeste masculino sub-20 com 24 clubes e Copa do Brasil feminina com 64 clubes. Garantindo oportunidades para jovens talentos de todas as regiões do Brasil".
"Vamos continuar construindo um futebol que orgulha o país, gera empregos, promove o desenvolvimento e, acima de tudo, faz a alegria de milhões de torcedores".
Rádio Litoral Sul FM, com apoio nas informações do GE.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
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