Gripe é a principal causa de mortes por SRAG em idosos, alerta Fiocruz

Vírus da influenza A também está entre os que mais causam óbitos em crianças; especialistas reforçam importância da vacinação

Por Danillo Karlo

16 de Maio de 2025 às 11:15

A gripe causada pelo vírus influenza A se tornou a principal causa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos, segundo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (15). Entre crianças pequenas, a gripe está entre as três principais causas de óbito, junto ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e ao rinovírus.

De acordo com o levantamento, houve aumento nas internações por influenza A em diversas regiões do Brasil, com níveis de incidência moderados a altos em estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste. Já em parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, o número de casos de SRAG em crianças pequenas associados ao VSR apresenta sinais de desaceleração — embora ainda permaneça alto.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, alerta que a mortalidade por SRAG em crianças pequenas já se aproxima da registrada em idosos. Nos idosos, a influenza A lidera as causas de morte por SRAG, seguida da Covid-19. Em crianças, o VSR ainda é o principal agente, seguido do rinovírus e da própria influenza A.

Vacinação e cuidados

A Fiocruz reforça o pedido para que os grupos vulneráveis se vacinem o quanto antes. “A vacina contra a gripe é a forma mais eficaz de prevenir hospitalizações e mortes”, afirma a pesquisadora. Ela também recomenda o uso de máscaras em unidades de saúde, locais com aglomeração e em caso de sintomas gripais ou resfriado.

Situação nos estados

O boletim aponta aumento de casos de SRAG em todo o país, especialmente entre crianças pequenas (associado ao VSR) e entre jovens, adultos e idosos (relacionado à influenza A).

Atualmente, 15 estados estão em nível de alerta ou alto risco com tendência de crescimento a longo prazo:

Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Outros oito estados apresentam níveis elevados de SRAG, mas sem tendência de crescimento contínuo:

Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Sergipe e Rio Grande do Norte.

Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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