Com a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, Paraná alerta para casos e cuidados
O vírus da dengue possui quatro sorotipos
Por João Ricardo
15 de Janeiro de 2025 às 16:07
Com o reaparecimento do sorotipo três (DENV-3) da dengue no ano passado e sua circulação no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça sobre os cuidados para evitar a doença. Antes do início de 2024, a última vez que o DENV-3 tinha sido detectado no território paranaense foi em 2016, por isso o alerta, uma vez que a população se encontra suscetível a este sorotipo do vírus.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Eles pertencem à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Até o momento, são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção por um deles gera imunidade específica para esse sorotipo, mas é possível contrair a doença novamente se a pessoa for picada pelo vetor que estiver contaminado com um sorotipo diferente.
Palavras do Secretário de Estado da Saúde Beto Preto -
Palavras do Secretário de Estado da Saúde Beto Preto -
“É possível contrair dengue mais de uma vez, por um sorotipo diferente, podendo causar um quadro clínico mais grave. No entanto, os cuidados para evitar o agravo devem ser os mesmos já adotados, como a eliminação de qualquer tipo de recipiente que acumule água ou local com água parada nos ambientes domésticos, quintais, terrenos baldios, dentre outros. Essa vigilância contribui para a implementação de medidas preventivas e de controle”, ressaltou.
CIRCULAÇÃO – A série histórica do sorotipo viral de dengue é contabilizada desde o ano de 1995. Até 2018 houve a predominância do sorotipo DENV-1, em 2019 e 2020 do sorotipo DENV-2 e a partir de 2021 voltou a prevalecer o sorotipo DENV-1. Já em 2024 foi observada a reintrodução da circulação de DENV-3.
“A dengue é uma doença endêmica, temos casos durante todo o ano, mas o período de maior concentração de casos notificados tem início em janeiro e normalmente vai até maio, sendo que março e abril concentram o maior número de casos”, reforça a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte. “Temos de nos manter vigilantes em nossas casas. O Estado está atuando em várias frentes, com várias ações, mas a colaboração e engajamento da população são fundamentais para diminuir o número de casos”.
AÇÕES – A Sesa vem trabalhando constantemente durante todo o ano promovendo ações de apoio no enfrentamento às arboviroses (dengue, zika e chikungunya) junto aos municípios, com incentivo e orientação para a adoção das novas tecnologias propostas pelo Ministério da Saúde. Nos últimos 12 meses o Paraná implantou, capacitou e investiu em várias frentes no enfrentamento à dengue, principalmente em novas tecnologias.
Rádio Litoral Sul FM, com apoio nas informações da Agência Estadual de Notícias.
Foto: SESA-PR
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