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Transfusão de Sangue no Local do Acidente Salva Vida de Menina de 5 Anos no Paraná
Maria Laura, primeira criança no estado a receber transfusão pré-hospitalar, sobreviveu a grave acidente e está pronta para reencontrar a família após 14 dias internada.
Por Henrique Matos
26 de Dezembro de 2024 às 10:29
Maria Laura Ferraz, de 5 anos, se tornou a primeira paciente pediátrica do Paraná a receber uma transfusão de sangue diretamente no local de um acidente, procedimento que salvou sua vida. A menina receberá alta nesta quinta-feira (26) após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Sua mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada por sete dias na UTI, foi liberada na última quinta-feira (19).
O acidente ocorreu no dia 12 de dezembro, na BR-153, perto de Ibaiti, quando o veículo da prefeitura de Jaboti, que transportava mãe e filha, colidiu com outro carro, causando a morte de duas pessoas. Maria Laura sofreu lesões graves no intestino, fígado e baço, necessitando de uma transfusão de sangue imediata para sobreviver. O procedimento foi realizado dentro da aeronave que fazia o resgate, salvando sua vida.
“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, disse Josilei Ferraz, pai da menina.
O resgate foi conduzido pela equipe do Dr. Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. “Quando chegamos ao local, o batimento cardíaco dela estava muito acelerado pela perda de sangue. Não havia escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue ali, ou a menina ia morrer. Foi emocionante visitá-la no hospital e vê-la pronta para voltar para casa”, relatou o médico.
Desde a implantação do sistema, a base de Maringá realizou 42 transfusões de sangue na aeronave, sendo esta a primeira em uma criança. “Naquele momento, avaliei os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Após a transfusão, ela começou a estabilizar, o que possibilitou sua chegada ao hospital”, explicou Lemos.
A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, destacou a importância da hemotransfusão maciça, procedimento que estabiliza pacientes graves até a chegada ao hospital. “É muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente, como vimos neste caso emblemático”, afirmou.
Fonte: AEN Foto: Arquivo Pessoal Jornalismo Litoral Sul - O que Você Precisa Saber