“Este mês completo 14 anos aqui. Comecei no RTG e, depois de um ano, fui selecionado para o STS. É gratificante e um privilégio operar esse gigante de aço e fazer parte da equipe da TCP”, relembra Rogério. Só não se assuste com as siglas: RTG é o Rubber Tyred Gantry Crane, um guindaste em formato de pórtico, equipado com pneus, que movimenta os contêineres entre o caminhão e o pátio de armazenamento. Já o STS, ou Ship-to-Shore Crane (portêiner), é o guindaste que se move sobre trilhos e transfere os contêineres entre os navios e os caminhões.
“Trabalhei seis anos no RTG e nunca imaginei estar aqui. Para mim, foi muito gratificante ser selecionado e reconhecido como operador de portêiner”, diz o profissional. O meu esforço é pela minha família. Ela é tudo para mim. Se algo acontece comigo, meu primeiro alicerce é a família. Trabalhamos por eles e para eles”, complementa.
“Existe toda uma logística operacional. Uma equipe trabalha para abastecer o STS e, se conseguirmos entregar dentro do tempo programado, é gratificante. Toda a operação sai ganhando”, afirma Marodin.
“Nós temos o espelho, o print de movimentação, que mostra se é carga ou descarga. O desenho exibe o porão e o convés. Tudo isso é alinhado com o conferente, que nos informa sobre possíveis mudanças junto ao navio. Se houver, nós nos ajustamos. Tudo é feito em conjunto”, revela o operador.
“O segredo é evitar o balanço dos cabos”, conta Marodin.
“Não pode ter medo de altura. Se tiver, melhor nem subir”. Outra dica é cuidar do próprio corpo. “Nos momentos de descanso, é bom se alongar um pouco, porque, depois de seis horas, o corpo sente. Fora isso, tudo certo”, brinca, bem-humorado.