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Notícias→NOTÍCIAS→Nova diretriz nacional para tratar obesidade foca no uso racional de medicamentos e cuidado contínuo

Nova diretriz nacional para tratar obesidade foca no uso racional de medicamentos e cuidado contínuo

Documento propõe metas realistas, prioriza qualidade de vida e tratamento individualizado

Por Danillo Karlo
03 de Junho de 2025 às 15:42

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) apresentou a nova Diretriz Brasileira para o Tratamento Farmacológico da Obesidade, um marco para a prática clínica no país. O documento reconhece a obesidade como uma doença crônica que exige cuidado contínuo e personalizado, e propõe um modelo de atenção baseado na promoção da saúde, funcionalidade e qualidade de vida.
Com 35 recomendações, a diretriz orienta médicos, gestores de saúde e profissionais de diferentes áreas sobre o uso adequado de medicamentos, sempre associados à mudança no estilo de vida.

“É uma mudança de paradigma. O objetivo não é mais apenas normalizar o peso, mas sim promover saúde, funcionalidade e qualidade de vida com metas possíveis e sustentáveis”, afirmou o endocrinologista Bruno Halpern, vice-presidente da Abeso.

Entre os principais pontos, a nova diretriz estabelece que uma redução de pelo menos 10% do peso corporal já é considerada uma meta clínica relevante, principalmente quando há melhora de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, osteoartrose e doença hepática metabólica.
Diferente das abordagens anteriores, que focavam exclusivamente no Índice de Massa Corporal (IMC), o novo documento valoriza critérios como circunferência da cintura, relação cintura/altura e outros fatores individuais. “Nós levamos em consideração não só o IMC, mas também as medidas de adiposidade corporal excessiva”, explicou o endocrinologista Fernando Gerchman, coordenador do grupo de trabalho da diretriz.

Gerchman também destacou que a diretriz atualiza o uso de medicamentos aprovados nos últimos anos. “De 2016 para cá, foram lançadas novas opções como a liraglutida (Saxenda), o Contrave, a semaglutida (Wegovy) e agora a tirzepatida (Monjauro). A diretriz se baseia em estudos científicos e propõe o uso racional e seguro desses fármacos”, disse.

Os medicamentos, segundo o documento, podem ser indicados para pacientes com IMC acima de 27 com comorbidades ou acima de 30, mesmo antes de mudanças no estilo de vida, desde que em decisão compartilhada com o paciente.
A diretriz também orienta sobre o uso off-label – quando um medicamento não foi especificamente aprovado para obesidade, mas pode ser utilizado com base em evidências de eficácia e segurança. “Esse uso deve ser individualizado, levando em conta a saúde geral do paciente, as comorbidades, a resposta ao tratamento e o custo”, explicou o médico Marcio Mancini, coordenador do Departamento de Farmacoterapia da Abeso.

Além disso, o tratamento deve incluir mudanças no estilo de vida desde o início. “As medicações mais eficazes, como semaglutida, tirzepatida e liraglutida, mostraram resultados importantes em ensaios clínicos, como redução de 20% dos eventos cardiovasculares e queda de 99% na incidência de diabetes tipo 2”, destacou Alexandre Hohl, diretor da Abeso.
A diretriz reconhece ainda a importância de personalizar o tratamento conforme fenótipos alimentares, fatores genéticos, sociais, psicológicos e ambientais, além de dar atenção a grupos específicos como idosos com sarcopenia, pessoas com câncer associado à obesidade e com insuficiência cardíaca.

“Quando o medicamento é interrompido, o peso geralmente volta. Por isso, o tratamento deve ser contínuo e com reavaliações regulares”, reforçou Mancini.

Entre os destaques da diretriz:
Tratamento contínuo e individualizado, com meta de perda de pelo menos 10% do peso;
Inclusão de novos critérios para diagnóstico e tratamento mesmo com IMC abaixo de 30;
Reconhecimento de grupos específicos, como idosos, pessoas com obesidade sarcopênica e pacientes com doenças crônicas associadas;

Proibição de fórmulas perigosas com diuréticos e hormônios.
A nova diretriz foi elaborada com base em evidências científicas e em consenso com 15 sociedades médicas, representando um avanço na forma como a obesidade é tratada no Brasil.

Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil. 
Foto: Ilustrativa. 

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