O princípio ativo da medicação é a tirzepatida, substância que combina dois mecanismos hormonais (GLP-1 e GIP), o que representa um avanço em relação a outras "canetas emagrecedoras", como Ozempic, Wegovy e Saxenda, que atuam apenas sobre o GLP-1.
Segundo Alexandre Hohl, diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a aprovação da tirzepatida para emagrecimento consolida uma nova geração de medicamentos que podem transformar a vida de quem convive com o excesso de gordura corporal. “Agora temos um arsenal terapêutico mais amplo e, com isso, mais pessoas podem ser beneficiadas”, afirmou.
Fábio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, reforça que o uso desses medicamentos deve estar aliado a mudanças no estilo de vida. “Não adianta só tomar o remédio. Alimentação adequada e exercício físico são fundamentais”, ressaltou. Ele ainda alertou para possíveis efeitos colaterais gastrointestinais e destacou que as canetas não são indicadas para gestantes ou lactantes.