Secretaria de Saúde do Paraná repudia maus-tratos em hospital; caso de agressão está sob investigação

Segundo o comunicado, o hospital instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis.

Por João Ricardo

12 de Junho de 2025 às 10:22

Após E-Mail enviado pelo Departamento de Jornalismo da Rádio Litoral Sul FM, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) se manifestou oficialmente sobre uma denúncia de agressão contra um paciente no Hospital Regional do Litoral (HRL), em Paranaguá. Em nota enviada à imprensa, a pasta afirmou que:

"repudia qualquer ato de desrespeito ou conduta inadequada no atendimento a pacientes" e informou que o caso está sendo investigado pelos órgãos competentes.

Segundo o comunicado, o hospital instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis. A unidade está colaborando com as autoridades responsáveis e reforçou o compromisso com a ética, o respeito e a humanização no atendimento à população.

A Sesa também esclareceu que o profissional citado na denúncia não faz parte do quadro de servidores do Estado, mas sim de uma empresa terceirizada que presta serviços à unidade hospitalar. Ainda de acordo com a secretaria, um processo para o afastamento desse funcionário já está em andamento.

Relembre o caso

A ocorrência veio à tona na última quarta-feira (11), quando a Polícia Civil passou a investigar uma denúncia de maus-tratos contra um jovem de 18 anos internado no HRL após ser atropelado. O paciente relatou que foi agredido por um técnico de enfermagem durante o período em que esteve sozinho na enfermaria, entre os dias 9 e 11 de junho.

Após ser submetido a uma cirurgia e ser intubado, o jovem perdeu temporariamente a capacidade de se comunicar verbalmente. Ele usava o celular e gestos para se expressar e, assim que sua mãe retornou ao hospital, relatou por mensagens que teria sido amarrado com força excessiva, levando a inchaço e ferimentos no braço. Ele também afirmou ter recebido tapas no rosto e ter os dedos das mãos intencionalmente torcidos, o que lhe causou dor.

Uma testemunha que estava internada na mesma enfermaria corroborou a denúncia, afirmando que viu o técnico agir de forma agressiva enquanto o paciente chorava. O caso foi comunicado à assistência social do hospital apenas no dia 11, quando um fisioterapeuta também identificou o inchaço no braço do jovem e precisou cortar as faixas utilizadas na imobilização.

O técnico de enfermagem denunciado estava de folga no momento em que o caso veio à tona. A Polícia Militar foi acionada, registrou a ocorrência como lesão corporal e orientou que os envolvidos comparecessem à delegacia. A Polícia Civil deverá instaurar um inquérito para apurar os detalhes do caso. Até o momento, o profissional acusado ainda não prestou depoimento formal.