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Acesso à educação avança no Brasil, mas metas do Plano Nacional ainda estão distantes
Universalização só foi atingida entre crianças de 6 a 14 anos; creches e ensino médio seguem com cobertura abaixo da meta
Por Danillo Karlo
13 de Junho de 2025 às 11:36
O acesso à educação no Brasil segue em expansão, mas ainda sem atingir a maioria das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), criado em 2014. Segundo dados da Pnad Educação 2024, divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE, apenas a faixa etária de 6 a 14 anos alcançou a universalização escolar, com 99,5% das crianças e adolescentes frequentando a escola.
Entre crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização chegou a 93,4%, e entre adolescentes de 15 a 17 anos, o índice foi o mesmo: 93,4%. Apesar de positivos, os percentuais ainda estão abaixo da meta de universalização prevista para essas faixas etárias.
Outro desafio é o acesso à educação infantil. A meta de matricular 50% das crianças de até 3 anos em creches até o fim de 2024 parece distante: atualmente, apenas 39,8% estão matriculadas. Segundo o IBGE, a maioria dos responsáveis opta por não colocar os filhos pequenos em creches — 63,6% entre os menores de 1 ano e 53,3% entre os de 2 e 3 anos. A falta de vagas responde por cerca de um terço dos casos.
A taxa de frequência escolar líquida — que mede o número de estudantes na série adequada para a idade — também revela desafios. Entre os estudantes de 6 a 14 anos, o índice caiu para 94,5% em 2024, abaixo da meta de 95%. No grupo de 15 a 17 anos, a taxa chegou a 76,7%, mas ainda distante da meta de 85%. No ensino superior, apenas 27,1% dos jovens entre 18 e 24 anos estão cursando uma graduação, e o índice total, incluindo os que já concluíram, chega a 31,3%, também abaixo da meta de 33%.
Apesar dos obstáculos, a taxa de analfabetismo segue em queda e ficou em 5,3% em 2024 — abaixo da meta de 6,5% e inferior ao índice de 5,4% registrado em 2023. No entanto, o analfabetismo ainda é elevado entre os idosos: 14,9% das pessoas com 60 anos ou mais não sabem ler nem escrever.
Segundo o pesquisador do IBGE, William Kratochwill, os dados indicam avanços, mas também a necessidade de ampliar políticas públicas para garantir acesso, permanência e progressão escolar:
“O Brasil avançou, mas em alguns indicadores ainda não chegou ao desejado”.
Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil