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Filhote de baleia jubarte é encontrado debilitado e morre em praia de Pontal do Paraná
A espécie jubarte realiza anualmente uma migração do Polo Sul até o litoral brasileiro, especialmente entre os meses de junho e julho, período em que é comum avistá-las na costa do Paraná.
20 de Junho de 2025 às 09:50
Um filhote de baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), com aproximadamente sete metros de comprimento, foi encontrado com vida por moradores e por uma equipe da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na manhã desta quarta-feira (18), na orla de Pontal do Paraná. Apesar dos esforços e do rápido atendimento, o animal não resistiu e morreu horas depois.
A presença da baleia foi identificada durante o monitoramento de rotina realizado pelo Projeto de Monitoramento de Praias, coordenado pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC/UFPR). De acordo com a Dra. Camila Domit, bióloga e coordenadora do laboratório, a equipe foi acionada por moradores locais logo após o avistamento do animal ainda vivo.
“Fazemos o monitoramento das praias todos os dias, e hoje, durante essa rotina, encontramos a baleia. Moradores estavam na área e nos acionaram por diversos contatos da universidade. Quando a equipe chegou, o animal ainda estava vivo, mas bastante debilitado”, relatou a pesquisadora.
Segundo a Dra. Camila, o filhote apresentava sinais evidentes de desnutrição severa e infestação por parasitas, como os ciamídeos — conhecidos como piolhos de baleia. O corpo também indicava caquexia, um estado de magreza extrema, apontando para um longo período de sofrimento.
A baleia encontrada era um animal jovem, possivelmente com cerca de dois anos de idade. A espécie jubarte realiza anualmente uma migração do Polo Sul até o litoral brasileiro, especialmente entre os meses de junho e julho, período em que é comum avistá-las na costa do Paraná.
“Esse período é sazonal. Todos os anos vemos baleias passando por aqui, é natural do ciclo migratório delas”, explicou a pesquisadora.
A causa exata da morte será determinada por meio de uma necropsia que será realizada pela equipe da UFPR. O exame deve investigar se o animal sofria de fome, contaminação ambiental ou doenças ligadas ao ecossistema marinho.
Apesar de estar em recuperação desde a proibição da caça comercial no Brasil, na década de 1990, a espécie ainda enfrenta ameaças importantes, principalmente nos primeiros anos de vida, quando os filhotes são mais vulneráveis.
O prefeito de Pontal do Paraná, Rudão Gimenes, esteve no local e reforçou o apoio da gestão municipal ao trabalho realizado pela UFPR.
“O monitoramento realizado pelo projeto é fundamental para o cuidado das nossas praias. A Prefeitura apoia a Universidade Federal do Paraná e sempre que necessário, seja para ajudar na remoção de animais ou em outras ações, atua junto, cuidando do nosso litoral”, destacou.
Casos como este reforçam a importância da presença constante dos pesquisadores, professores e estudantes na região, garantindo o monitoramento da biodiversidade marinha e promovendo ações de conservação no litoral paranaense.
Rádio Litoral Sul FM, com apoio nas informações da Prefeitura de Pontal do Paraná
Foto: Prefeitura de Pontal do Paraná
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