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Cirurgia que muda cor dos olhos é considerada de alto risco e só deve ser usada por pessoas cegas
Ceratopigmentação pode causar perda severa da visão se realizada por motivos estéticos, alerta Conselho Brasileiro de Oftalmologia
Por Danillo Karlo
30 de Junho de 2025 às 17:14
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) emitiu um alerta sobre os riscos da ceratopigmentação, cirurgia que altera a cor dos olhos por meio da pigmentação da córnea. Segundo a entidade, o procedimento não é seguro para pessoas com visão saudável e só deve ser feito em casos extremos, como em pacientes com cegueira permanente ou baixa visão severa, visando apenas a melhora estética em situações de deformidade ocular.
A recomendação veio após celebridades como Andressa Urach e Maya Massafera divulgarem nas redes sociais que se submeteram à técnica, também chamada de
"tatuagem da córnea", com finalidade puramente estética.
“Essa ceratopigmentação não é reconhecida como uma prática segura em olhos saudáveis, podendo causar complicações e até perda visual severa”, destacou o CBO em nota.
Riscos e complicações
O uso estético da técnica pode levar a uma série de complicações graves, como:
Lesões persistentes na córnea, com risco de perfuração do olho
Infecções internas graves
Inflamações como uveíte
Aumento da pressão intraocular
Dificuldade em realizar exames e outras cirurgias, como a de catarata
Pacientes que realizaram a cirurgia relataram dor, ardência, sensação de areia, fotofobia e lacrimejamento contínuo — sintomas que podem evoluir para cegueira parcial ou total.
Quando a técnica é indicada?
A ceratopigmentação é indicada somente em casos médicos específicos, como em pacientes com manchas brancas causadas por cegueira irreversível, para melhorar a aparência do olho. Mesmo nesses casos, o oftalmologista deve avaliar se há possibilidade de tratamentos alternativos, como transplante de córnea, próteses ou uso de lentes coloridas.
O CBO e a Sociedade Brasileira de Córnea reforçam que qualquer intervenção nos olhos deve ser realizada exclusivamente por oftalmologistas qualificados e que a cirurgia não deve ser tratada como um procedimento estético comum.
Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil.