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Quando a imprensa faz barulho, o absurdo recua: Câmara de Matinhos retira de pauta criação do auxílio-alimentação
É bom lembrar que esse tipo de manobra não é novidade. Vira e mexe, Câmaras Municipais tentam criar benefícios, aumentos ou vantagens sorrateiras, aproveitando o desconhecimento ou o desinteresse da população.
Por João Ricardo
10 de Julho de 2025 às 16:23
Por Brayan Valêncio, colunista do JB Litoral
Não adianta disfarçar nem enfeitar o que é feio: o projeto que a Câmara de Matinhos tentou aprovar nesta semana era um escárnio. A proposta previa um auxílio-alimentação mensal de R$ 1.420,20 para cada vereador, além dos assessores e servidores da Casa. Tudo isso com menos de sete meses de mandato e sem qualquer debate com a população.
Mas o plano não saiu como os proponentes esperavam. Foi só a reportagem do JB Litoral expor o conteúdo do projeto, de forma clara, com documentos e impacto direto, que a população reagiu. A notícia circulou nos grupos de WhatsApp, estourou nas redes sociais, chegou aos gabinetes e fez aquilo que raramente acontece: os vereadores recuaram. O projeto foi retirado da pauta antes mesmo de ser lido.
Essa vitória tem nome e sobrenome: mobilização popular. Mas ela também tem trincheira: jornalismo local atuante. O JB Litoral cumpriu seu papel de informar, fiscalizar e provocar debate público. E é justamente por isso que estamos aqui, para dizer o óbvio, mas que muitos tentam ignorar: quando a sociedade está bem informada e reage, os absurdos não prosperam.
É bom lembrar que esse tipo de manobra não é novidade. Vira e mexe, Câmaras Municipais tentam criar benefícios, aumentos ou vantagens sorrateiras, aproveitando o desconhecimento ou o desinteresse da população. Em Matinhos, já vimos isso antes. A diferença agora foi que a sociedade estava atenta e o JB, como sempre, estava na linha de frente.
Não houve explicação plausível, não houve justificativa técnica, nem sinal de responsabilidade institucional. O auxílio era injustificável. O momento era inadequado. E a condução foi silenciosa, como quem tenta fazer algo escondido. Só que não passou.
Essa retirada de pauta não é um gesto de grandeza. É um recuo forçado. Um freio de arrumação provocado por um jornalismo que não tem medo de dar nome aos bois, e por uma população que sabe usar sua voz quando é chamada para o jogo.
Que sirva de lição para os próximos capítulos. A Câmara de Matinhos precisa entender que a política mudou. Que hoje o vereador não trabalha mais longe dos olhos da sociedade. Que a imprensa local tem voz, alcance e coragem. E que o JB Litoral vai continuar onde sempre esteve: ao lado do interesse público.
O recado está dado. Quando há mobilização popular e imprensa vigilante, projetos indecentes não têm vez.
Rádio Litoral Sul FM, com apoio nas informações do Brayan Valêncio, colunista do JB Litoral