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Colisões frontais e atropelamentos lideram mortes em rodovias federais do Paraná no 1º semestre de 2025
As colisões frontais e os atropelamentos de pedestres continuam sendo os tipos de acidentes mais letais, mesmo não estando entre os mais frequentes. Juntas, essas ocorrências somam mais da metade das mortes nas rodovias federais do estado.
Por João Ricardo
18 de Julho de 2025 às 15:12
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta quinta-feira (17) um balanço sobre os sinistros de trânsito ocorridos nas rodovias federais do Paraná no primeiro semestre de 2025. Os dados revelam um cenário preocupante: 302 pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas, número 8,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 279 óbitos.
As colisões frontais e os atropelamentos de pedestres continuam sendo os tipos de acidentes mais letais, mesmo não estando entre os mais frequentes. Juntas, essas ocorrências somam mais da metade das mortes nas rodovias federais do estado.
Colisões frontais: ultrapassagens perigosas e excesso de velocidade
As colisões frontais foram responsáveis por 107 mortes – o equivalente a 35,4% do total. Esse tipo de acidente, causado principalmente por ultrapassagens proibidas e excesso de velocidade, teve aumento no número de óbitos em relação ao primeiro semestre de 2024, quando 94 pessoas morreram nessas circunstâncias.
Embora representem apenas 6,5% do total de sinistros, as colisões frontais são altamente letais. A maioria dessas mortes ocorreu em pistas simples, secas e em trechos de reta, o que evidencia comportamentos de risco por parte dos motoristas.
Atropelamentos: maioria das mortes ocorre à noite
O atropelamento de pedestres é outro tipo de sinistro com elevado índice de mortes. Foram 146 registros, resultando em 49 óbitos – cerca de um terço dos casos. A vulnerabilidade dos pedestres é acentuada durante os períodos de baixa luminosidade: 80% das mortes ocorreram à noite, de madrugada ou em horários de transição como amanhecer e anoitecer.
Para a PRF, atitudes simples podem salvar vidas. Entre as orientações estão a redução da velocidade, o bom estado de itens como faróis e para-brisa, e o uso de roupas claras ou elementos refletivos por parte dos pedestres.
Infrações e causas predominantes
No primeiro semestre, a PRF registrou 6.534 infrações por ultrapassagens proibidas – uma a cada 40 minutos. Já os radares de velocidade flagraram 281.210 infrações, o que representa uma média de uma a cada 56 segundos.
As três causas mais frequentes nos sinistros também estão ligadas ao excesso de velocidade: ausência de reação, reação ineficaz e velocidade incompatível com a via. Essas situações estiveram presentes em 1.458 ocorrências (40% do total).
Outro dado alarmante é o crescimento de acidentes fatais envolvendo motoristas embriagados. Foram 17 mortes no primeiro semestre deste ano, contra cinco no mesmo período de 2024 – um aumento de 240%.
Perfil dos acidentes
Entre os 3.636 sinistros registrados pela PRF no estado entre janeiro e junho, 4.017 pessoas ficaram feridas e 302 morreram. As rodovias com pista simples foram palco de 57% das mortes, reforçando os riscos de colisões frontais em trechos onde ultrapassagens exigem mais cautela.
Ainda conforme os dados, 86,8% das mortes aconteceram em pistas secas, 70,2% em trechos retos e 51,7% em períodos noturnos. A maioria das ocorrências ocorreu em condições normais de visibilidade e clima, reforçando o papel do fator humano na geração dos acidentes.
Ações da PRF e educação para o trânsito
Como resposta ao aumento da violência no trânsito, a PRF intensificou a fiscalização, com foco em condutas perigosas. Paralelamente, promoveu ações educativas que atingiram mais de 80 mil pessoas no período – uma média de 452 por dia.
A instituição reforça o compromisso com a preservação de vidas nas rodovias federais, unindo fiscalização rigorosa e conscientização como estratégia para reduzir os índices de sinistros e óbitos.
Rádio Litoral Sul FM, com apoio nas informações da PRF