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Imagem: Dilvulgação
Ansiedade e preparação marcam reta final para o vestibular da UFPR
O diretor de Cursos Pré-Vestibulares do Sinepe/PR, Alceu João Gnoatto, explica que esse é o momento em que a pressão cresce, principalmente para os alunos que se dedicaram intensamente
Por Karen Kleinhans
02 de Outubro de 2025 às 12:00
Neste final de semana acontece a prova da UFPR (Universidade Federal do Paraná), que reúne milhares de estudantes de todo o estado. A reta final é um período de ansiedade e expectativa, em que preparo emocional e organização prática podem ser tão determinantes quanto o conhecimento adquirido ao longo do ano.
Em entrevista a Litoral Sul, o diretor de Cursos Pré-Vestibulares do Sinepe/PR, Alceu João Gnoatto, explica que esse é o momento em que a pressão cresce, principalmente para os alunos que se dedicaram intensamente. “O que mais pega agora é a ansiedade. O estudante começa a pensar no que estudou e no que não estudou. E é natural se sentir pressionado, mas não adianta virar noites tentando recuperar conteúdos. O melhor é revisar aquilo em que já tem domínio e apostar no que realmente sabe resolver”, orienta.
Segundo Gnoatto, manter a calma é essencial. Ele recomenda que os estudantes mantenham uma rotina equilibrada de sono e alimentação leve, reservando tempo para descansar. “É preferível garantir boas horas de sono do que tentar estudar até a madrugada. No dia da prova, é a tranquilidade que vai ajudar a colocar em prática o que já foi aprendido”, explica.
O uso da inteligência artificial
Questionado sobre o papel das novas tecnologias na preparação, o professor destacou que a inteligência artificial pode ser uma ferramenta de apoio, mas não deve substituir o estudo ativo. “A IA pode ajudar na criação de resumos, mapas mentais ou diferentes formas de entender o conteúdo. Mas o risco é quando o estudante usa a ferramenta para fazer o trabalho por ele. O aprendizado acontece no processo de perguntar, de dialogar com a ferramenta e refletir sobre as respostas”, disse.
Primeira vez no vestibular
Para os jovens que farão a prova pela primeira vez, o especialista reforça que é preciso encarar o vestibular como o primeiro grande desafio da vida acadêmica. “É natural sentir aquele frio na barriga, ainda mais em provas muito concorridas como medicina. Mas é importante lembrar que aprovação exige preparo e resiliência. Se não vier agora, há sempre a chance de tentar novamente, com mais maturidade e preparo”, completa.
Além do conhecimento, fatores práticos podem fazer diferença. O diretor recomenda atenção à logística: checar o local de prova com antecedência, evitar atrasos por trânsito, levar documentos obrigatórios e um lanche leve. “São cinco horas de prova. Uma boa preparação passa também por cuidar da mente, do corpo e da organização”, destaca.
Por fim, Gnoatto lembra que o apoio familiar é decisivo. “Mais do que cobrar estudo, os pais precisam incentivar o descanso e a confiança. Uma hora a mais de sono pode valer mais que uma hora a mais de estudo nessa reta final”, conclui.