Jovem empresário de Paranaguá conta trajetória no empreendedorismo

Dia 05 de outubro, foi comemorado o Dia do Empreendedor, e nossa equipe foi conhecer a história de Vitor Cecy. Jovem, mas com uma trajetória já marcada por conquistas, ele conta que o espírito de buscar soluções criativas e eficientes sempre esteve presente em sua vida. “Eu sempre fui um intraempreendedor. Mesmo quando trabalhava em empresas, buscava o jeito mais rápido, eficiente e barato de resolver as coisas”, relembra.

Esse olhar fez com que o caminho natural fosse assumir o próprio negócio. Há mais de dez anos atuando no setor gastronômico, Vitor já passou por diversas funções, até chegar ao momento em que decidiu arriscar. Primeiro, trabalhava durante o dia em outro emprego e à noite fazia entregas. Aos poucos, foi assumindo responsabilidades dentro de um restaurante da cidade. Quando o antigo proprietário decidiu deixar o Brasil, ele fez a proposta e, dois anos atrás, tornou-se dono do espaço.

Hoje, além de comandar a tradicional Toca, que há 12 anos mantém clientela fiel em Paranaguá, Vitor assumiu em junho a operação do restaurante no Iate Club, que atende tanto o público em geral quanto eventos sociais. Em breve, está prestes a inaugurar uma pizzaria em uma vila gastronômica na Praça dos Leões, no centro da cidade.

Para ele, crescer é questão de sobrevivência. “Principalmente na gastronomia, se você não cresce, você diminui. O mercado é dinâmico, se expande todo ano, e você precisa acompanhar esse ritmo”, afirma.

Mas o crescimento vem acompanhado de obstáculos. Vitor destaca como principal desafio a mão de obra, já que o setor exige horários noturnos e finais de semana, o que afasta muitos trabalhadores. “É difícil montar uma equipe. Por isso, acredito que o primeiro passo é cuidar das pessoas. Quando você cuida das pessoas, elas cuidam do negócio”, resume.

Outro ponto central em sua visão é a fidelização. Ele explica que, em Paranaguá, o público valoriza a constância. “Meu estabelecimento já tem 12 anos de história e muitos clientes vêm aqui desde o começo. Posso dizer que 80% da minha clientela é recorrente. Isso exige que a qualidade nunca baixe, porque eles percebem cada detalhe”, observa.

Apesar da rotina intensa, Vitor enxerga no empreendedorismo a possibilidade de ir além. “O que mais me motiva é que não existe limite para o que eu posso fazer. Diferente de um emprego com carteira assinada, onde há funções e salário definidos, ser empreendedor me dá a chance de tirar uma ideia do papel e ver acontecer”, destaca.

No Dia do Empreendedor, Vitor também deixa uma mensagem para quem está começando ou já está há mais tempo no mercado. “Aprenda, escute, faça, coloque a mão na massa. Não dá para ser CEO de MEI e não querer trabalhar. Quanto mais você faz, mais aprende. E, para quem já está há anos, não tenha medo de mudar. O que funcionava há dez anos pode não funcionar mais hoje. Escutar, observar e se adaptar é essencial.”

Com apenas alguns anos à frente do próprio negócio, ele já coleciona aprendizados que misturam dedicação, persistência e paixão pela gastronomia. E, neste Dia do Empreendedor, sua história mostra que empreender é também reinventar-se diariamente.