


“Temos duas modalidades de acolhimento no município: o institucional, realizado na Unidade de Acolhimento Institucional (UAI), e o familiar, que ocorre dentro de lares voluntários. A grande diferença é que, na modalidade familiar, o cuidado é individualizado. A criança tem uma rotina, uma referência afetiva e o convívio direto com uma família”, afirma Valéria.
“Há visitas periódicas, reuniões de acompanhamento e capacitações continuadas. Esse suporte é fundamental para garantir que o acolhimento ocorra de forma segura, responsável e com base nos princípios do cuidado e da proteção integral”, ressalta.

“Queríamos adotar uma criança, mas conhecemos o programa e vimos nele uma forma de ajudar várias ao longo da vida. Fizemos a capacitação e logo fomos chamados. Desde então, nossa casa nunca mais ficou vazia”, conta Ivete, que hoje é uma das participantes mais experientes do programa.
“Quando ele chegou, não falava, só gritava. Tinha medo de tudo. A coordenadora disse que ele havia parado de falar porque apanhava muito, só gritavam com ele. Demorou cerca de vinte dias para pronunciar as primeiras palavras. Hoje ele fala sem parar, conversa, canta e é uma criança feliz. Ver essa transformação é o maior presente”, recorda Ivete.
“Hoje estamos entregando o Matheus* com alegria, porque sabemos que ele será bem cuidado e amado. A gente cumpre nossa missão, planta uma sementinha e segue pronta para acolher outra criança”, completa.

“Para ser família acolhedora, não precisa muito. Basta ter amor e paciência. Eles vêm precisando de carinho, de abraço, de atenção. O programa é bonito no papel, mas na prática é muito melhor. É uma missão - e quem participa dela nunca sai igual”, conclui.
“O programa oferece acompanhamento permanente e capacitação continuada, garantindo que as famílias estejam sempre preparadas para o acolhimento”, explica Valéria.