Paraná investe R$ 3 Milhões em laboratório de ostras com inteligência artificial no Litoral

A nova unidade será instalada na UFPR em Pontal do Paraná e usará IA e sistemas avançados para garantir a produção contínua de sementes adaptadas, beneficiando 500 maricultores e gerando mais previsibilidade para a atividade

O Governo do Paraná liberou um investimento de R$ 3 milhões para a implantação de um laboratório de ponta focado na pesquisa e produção de sementes de ostra cultivada no Litoral. A nova unidade será instalada no Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Pontal do Paraná.

Os recursos são provenientes do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e visam fortalecer a maricultura na região e a capacidade científica do Estado.

O projeto é uma resposta a um pedido dos próprios produtores e promete transformar o cultivo de ostras na região, que atualmente depende da coleta de sementes em manguezais.

O laboratório será um modelo avançado e se destacará pela integração de tecnologia e ciência:

• Inteligência Artificial (IA): Ferramentas de IA serão usadas para automatizar processos, otimizar a alimentação das larvas e ajustar variáveis cruciais como temperatura e salinidade.
• Monitoramento por Aplicativo: Os maricultores poderão acompanhar o desenvolvimento das sementes por imagem, receber alertas de manejo e acessar dados sobre a qualidade da água através de um aplicativo.
• Estrutura Avançada: Serão adquiridos R$ 1,14 milhão em equipamentos de última geração, como sistemas completos de filtragem de água, sensores ambientais e microscópios de alta precisão.
  
  

A implantação do laboratório beneficiará cerca de 500 produtores nos municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Paranaguá e Pontal do Paraná.

• Previsibilidade: A principal mudança é a quebra da dependência da época reprodutiva natural, permitindo que o laboratório funcione durante todo o ano, o que aumenta a previsibilidade do trabalho.
• Sustentabilidade: O uso de reprodutores da própria região melhora o desempenho das sementes, tornando o cultivo mais eficiente e sustentável e auxiliando na recuperação das populações naturais.
• Formação de Mão de Obra: O investimento inclui a concessão de 14 bolsas de estudo (iniciação científica, mestrado, pós-doutorado e apoio técnico), transformando o laboratório em um polo de capacitação e pesquisa inédita.
  
  

O Secretário Aldo Nelson Bona, da Seti, afirmou que o financiamento garante que a pesquisa acadêmica atenda às demandas concretas da sociedade, gerando desenvolvimento para todo o Litoral.