Paraná lança "Amiga Acolhedora": nova estratégia de acolhimento familiar para mulheres vítimas de violência
Esta iniciativa, que integra o Programa Recomeço (Lei n.º 22.232/2025), é uma nova ação de suporte a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, oferecendo um modelo inovador de proteção.
10 de Dezembro de 2025 às 08:43
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), instituiu o projeto "Amiga Acolhedora". Esta iniciativa, que integra o Programa Recomeço (Lei n.º 22.232/2025), é uma nova ação de suporte a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, oferecendo um modelo inovador de proteção.
O projeto foi concebido para mulheres em risco de morte ou grave ameaça, priorizando especialmente gestantes e aquelas com filhos de zero a seis anos. O modelo adapta a metodologia já consolidada do acolhimento familiar de crianças e adolescentes, aplicando-a agora às mulheres, garantindo um ambiente seguro, sigilo e apoio para que possam recomeçar.
O "Amiga Acolhedora" é considerado um avanço decisivo no enfrentamento à violência de gênero no Paraná, buscando não apenas a proteção imediata, mas também a autonomia econômica das vítimas.
- Acolhimento Seguro e Sigiloso: O projeto visa um acolhimento integral, oferecido em parceria com Organizações da Sociedade Civil especializadas, que desenvolverão uma metodologia específica para a superação da violência.
- Pilares do Recomeço: O programa é sustentado por acolhimento seguro, autonomia e liberdade.
- Independência Financeira: O Recomeço inclui ações de empregabilidade e geração de renda, estimulando a autonomia financeira como fator central para a ruptura do ciclo da violência.
A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou o caráter inovador:
"Com o Amiga Acolhedora, não estamos apenas oferecendo proteção imediata, mas também construindo caminhos para que essas mulheres retomem suas vidas com dignidade, segurança e independência. É uma política pública que alia acolhimento, apoio psicológico e autonomia econômica, fortalecendo toda a rede de proteção."
Para apoiar as mulheres e as famílias acolhedoras, o programa prevê:
- Auxílio Social Mulher Paranaense: Pagamento de subsídio para as vítimas em situação de violência doméstica e familiar.
- Subsídio para Famílias: Apoio financeiro às "Amigas Acolhedoras" que recebem as vítimas.
- Qualificação: Inserção das mulheres em projetos de qualificação profissional e inclusão produtiva.
- Acompanhamento: Apoio psicossocial, articulação com serviços públicos e monitoramento pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM).
O lançamento do projeto contou com a presença de representantes de diversas secretarias estaduais (Semipi, Seti, Sejuf, Sesp, Seed, Sesa, Sedef) e órgãos do sistema de justiça, como Tribunal de Justiça (TJPR), Ministério Público (MPPR) e Defensoria Pública (DPE-PR), o que sublinha a abordagem intersetorial para garantir a efetividade da proteção.
