Bruno do Idamir é condenado por compra de votos nas eleições de 2024 em Paranaguá

Durante a operação, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-parlamentar e realizou o espelhamento de dados em equipamentos eletrônicos.

Por João Ricardo

29 de Abril de 2025 às 12:57

A Justiça Eleitoral condenou o ex-vereador e suplente Bruno Gomes Miguel Renosto, conhecido como Bruno do Idamir (PP), por envolvimento em um esquema de compra de votos durante as eleições municipais de 2024, em Paranaguá, litoral do Paraná. A decisão de primeira instância decorre de investigações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Voto Não Tem Preço, deflagrada em 24 de outubro de 2024.

As apurações revelaram indícios de que Bruno do Idamir teria participado de práticas ilícitas para angariar votos, incluindo abordagens em bairros como Estradinha, Vila do Povo, Vila Horizonte e Ilha dos Valadares. Durante a operação, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-parlamentar e realizou o espelhamento de dados em equipamentos eletrônicos.

Apesar da condenação em primeira instância, a defesa de Bruno do Idamir divulgou nota pública, na qual contesta a decisão judicial. Leia a íntegra:

“A Defesa do Suplente de Vereador (PP) Bruno do Idamir, pela presente, vem esclarecer fatos em relação a processo judicial envolvendo o cliente. Ocorre que houve propositura de AIJE pelo MP, em sede eleitoral, com acusações que não se coadunam com provas contidas nos autos.

Embora tenha havido interpretação pelo MM. Juízo de 1º grau, que optou pelo julgamento de procedência da ação, ponto de vista que se respeita, a Defesa confia no entendimento da TRE e TSE acerca do assunto jurídico em debate.

A Defesa dele discorda, e pretende interpor os cabíveis e necessários Recursos, confiando na Reforma do Julgado, com fincas na Jurisprudência consolidada.