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Inverno acende alerta para vírus respiratórios e reforça importância da vacinação
Casos graves aumentaram 30% em 2025; gripe é responsável pela maioria das mortes entre os vírus detectados
Por Danillo Karlo
23 de Junho de 2025 às 17:48
Com a chegada do inverno nesta sexta-feira (20), especialistas reforçam o alerta para o aumento de casos de doenças respiratórias. Dados do Boletim Infogripe, da Fiocruz, mostram que as ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) subiram 30% nas primeiras 24 semanas de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado.
A infectologista Silvia Fonseca, do Instituto de Educação Médica, destaca que o frio favorece o contágio de vírus como a gripe e a covid-19.
"As pessoas se aglomeram mais em ambientes fechados, o que facilita a transmissão por gotículas. Além disso, o ar seco e frio agride as vias respiratórias, deixando-as mais vulneráveis", explica.
A influenza (gripe) tem sido uma das principais responsáveis pelos casos graves e mortes. Só nas últimas quatro semanas, mais de 74% dos óbitos com diagnóstico confirmado de vírus respiratórios foram causados pelo vírus da gripe. Entre os casos graves já analisados em 2025, quase metade teve relação com algum tipo de Influenza A ou B.
Vacinação ainda é baixa
Apesar da gravidade, menos de 40% do público-alvo se vacinou contra a gripe este ano, segundo o Ministério da Saúde. O imunizante oferecido pelo SUS protege contra três subtipos e reduz significativamente o risco de hospitalização e morte. “A gripe pode evoluir rapidamente, principalmente em idosos e pessoas com doenças crônicas. A vacina é a melhor forma de prevenção”, reforça Silvia.
Covid-19 e VSR também preocupam
O coronavírus segue letal, principalmente entre idosos. Nas últimas semanas, embora represente apenas 1,6% dos casos graves, a covid-19 causou 4,2% das mortes por vírus respiratórios. Já o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), prevalente em crianças pequenas, foi o patógeno mais identificado entre os casos graves este ano, com 45,3% de incidência.
A vacinação contra o VSR está disponível na rede privada para idosos e gestantes, mas o Ministério da Saúde prevê a inclusão no SUS a partir do segundo semestre para grávidas.
Cuidados ainda são essenciais
A professora Andréia Neves de Sant’Anna, da Faculdade Estácio, lembra que cuidados simples ajudam a conter a propagação dos vírus: manter ambientes ventilados, lavar as mãos, usar máscara em casos de sintomas, não compartilhar objetos e evitar aglomerações.
Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.