Bombeiros do Paraná utilizam tecnologia de ponta em buscas subaquáticas

O equipamento permite varreduras de até 300 metros de profundidade e 150 metros de largura por lado.

Por João Ricardo

17 de Julho de 2025 às 18:30

Na última quarta-feira (16), o sonar foi usado no Rio Paranapanema, no Norte do Estado, para localizar o corpo de um jovem desaparecido desde domingo (13). Em apenas três horas, os bombeiros varreram 242 mil m² e descartaram áreas improdutivas para o mergulho. O sonar já havia sido decisivo em novembro de 2024 na represa do Passaúna, quando localizou dois corpos em apenas 15 minutos.

A tecnologia, também usada nas explorações do Titanic, é exclusiva no Brasil, além do Paraná, apenas no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. O investimento do Governo do Estado no equipamento foi de R$ 450 mil. Segundo o major Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), o uso do sonar representa um ganho operacional importante, especialmente em locais com grandes profundidades, onde os mergulhos são limitados e exigem retornos frequentes à superfície.

Para ampliar ainda mais a capacidade de resposta, a Secretaria de Segurança Pública destinou R$ 1,5 milhão em 2025 para novos equipamentos, como conjuntos de mergulho técnico, roupas secas, máscaras full face, sistemas de comunicação subaquática e material descompressivo. A meta é ter mergulhadores preparados para atuar até 70 metros de profundidade até o final de 2026.

Apesar do uso do sonar ser voltado para buscas prolongadas, o foco inicial das equipes permanece o resgate com vida, dentro do protocolo internacional que estabelece até 60 minutos após o afogamento para esse tipo de tentativa.

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) utiliza um moderno sonar subaquático side scan, capaz de gerar imagens 3D de alta precisão de áreas submersas, otimizando o tempo e a segurança em operações de busca. O equipamento permite varreduras de até 300 metros de profundidade e 150 metros de largura por lado.