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Blitz educativa alusiva à campanha "Agosto Lilás" aconteceu em Paranaguá na segunda-feira, 4

Iniciativa visa fortalecer a prevenção e o enfrentamento à violência, promovendo o acolhimento e a proteção das vítimas

Por Elano Squenine
05 de Agosto de 2025 às 10:18

A Prefeitura de Paranaguá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU) e da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal (GCM), realizou uma blitz educativa na tarde desta segunda-feira, 4, na esquina das ruas Júlia da Costa com Desembargador Hugo Simas. A ação faz parte da campanha “Agosto Lilás”, dedicada à conscientização sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher, e contou com a participação de autoridades municipais, policiais e da comunidade local.

A atividade faz referência à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e teve como principal objetivo orientar a população sobre os direitos das mulheres em situação de violência, além de divulgar os serviços de apoio disponíveis no município. A iniciativa também visa fortalecer a prevenção e o enfrentamento à violência, promovendo o acolhimento e a proteção das vítimas.

SECRETARIA MUNICIPAL DA MULHER (SEMMU) DE PARANAGUÁ


A secretária da Mulher de Paranaguá, Daiane Christakis, reforça a importância da conscientização da população no combate à violência contra a mulher e destaca os serviços de apoio disponíveis no município. 

“A conscientização é o primeiro passo. Quando a gente muda a cultura das pessoas que aqui moram, e que entendam que não é o correto, percebemos que, sim, em briga de marido e mulher, devemos meter a colher e denunciar. Temos vários aparatos no nosso município para auxiliar essa mulher. Então, o que a gente pede à população é conscientização: conscientização de que não é algo comum, que não pode ser comum, e que é crime”, pontua a secretária.



AUXÍLIO ÁS MULHERES


“Nós temos, no momento, três equipamentos para auxiliar a mulher que sofre violência: a Secretaria, que é a gestora dos demais equipamentos; o Ponto de Atendimento à Mulher (PAN), localizado no terminal urbano, ao lado da Secretaria; e a Casa da Mulher Paranaguara. Em breve, esperamos instalar na Casa da Mulher o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM). Os cursos realizados pela Secretaria são abertos a toda a comunidade. A mulher não precisa ter passado por uma medida protetiva. O que acontece é que, quando ela é acolhida por nós, damos prioridade nesse atendimento porque queremos que ela supere a situação vivenciada. Mas toda mulher pode procurar a Secretaria e se informar sobre os cursos”, explicou.

A secretária alerta sobre os sinais que antecedem a violência física e destaca a importância de buscar apoio desde os primeiros indícios.

“O que a gente sempre reforça é que a violência não começa com a agressão. A agressão, e, ainda mais, o feminicídio, que é ponto mais extremo, é o último estágio da violência. Ela começa com a violência psicológica, patrimonial, moral… Vai evoluindo, até isolar completamente essa mulher, e então chega à agressão física, muitas vezes culminando no feminicídio. Por isso, o que a gente diz é: não tenha medo e não deixe chegar a esse ponto. Perceba os sinais. Recorra aos familiares, a família é um pilar importantíssimo nessa hora. E, se for o caso, procure a secretaria, procure o apoio da Lei Maria da Penha. Estamos sempre prontos para auxiliar. A Maria da Penha faz um trabalho preventivo e atua em parceria conosco. Este evento, por exemplo, foi pensado por eles e realizado junto à Secretaria da Mulher”, finalizou a secretária.

COORDENAÇÃO DA PATRULHA MARIA DA PENHA EM PARANAGUÁ


Márcia Garcia, Guarda Civil Municipal (GCM) e coordenadora da Patrulha Maria da Penha em Paranaguá, destacou a importância da mobilização conjunta das instituições nas ações do Agosto Lilás. 

“É o pontapé inicial do Agosto Lilás, o mês de conscientização e prevenção contra a violência à mulher. Estamos unidos, várias secretarias, a Assistência Social, a Secretaria da Mulher, o Judiciário e a Polícia Militar. Estaremos todos entregando material, conversando, porque, para nós, são os 365 dias do ano que realizamos esse trabalho. O mês de agosto serve apenas como um alerta, para reforçar que toda mulher tem direitos. Às vezes as pessoas não sabem da rede de proteção que temos em Paranaguá. Uma vez por mês, nos reunimos, todos imbuídos no mesmo propósito, que é acolher e orientar. Qualquer mulher, todas, têm direito à vida”, disse Márcia.



Ela também ressaltou o trabalho diário da Patrulha Maria da Penha e reforçou a importância das denúncias, mesmo que anônimas. 

“Nós trabalhamos diuturnamente com palestras e visitas preventivas. Quando recebemos a denúncia de que um casal está brigando, eu sempre oriento: denunciem. Não precisa informar o nome completo, apenas o primeiro nome e o endereço já são suficientes. Nós vamos até o local para verificar o que está acontecendo, se podemos orientar ou se já é necessário levar essa mulher para um acolhimento ou à delegacia. Todo esse trabalho é feito aqui, além do acompanhamento das medidas protetivas e das situações de urgência”, explicou.

POLÍCIA MILITAR


A Cabo PM Renata, que atua diretamente no enfrentamento à violência contra a mulher, explica como os diferentes tipos de agressão muitas vezes evoluem de forma escalonada e silenciosa, começando por formas “sutis” até chegar à violência física.

“São cinco tipos de violência, e a gente costuma dizer que ela começa de forma escalonada. É uma violência que vai ganhando proporção com o tempo. Ela começa com a violência psicológica; posteriormente, vêm as situações de discussão, brigas, xingamentos, ameaças. A gente costuma, nas palestras, falar inclusive sobre o dano material, que muitas vezes já antecipa uma situação de lesão corporal. O agressor acha que, se ele não bater na mulher, mas quebrar algo dentro de casa, não está cometendo nenhum tipo de violência. Pelo contrário: a lei preconiza que isso já é, sim, violência, a violência patrimonial. É o dano material à residência, a pertences da mulher, a utensílios que ela usa no trabalho. Muitas vezes, esses itens são danificados justamente para tirar a independência financeira que a mulher começa a construir”, explica Renata.



A cabo da Polícia Militar reforça a importância das medidas protetivas e afirma que as mulheres não estão sozinhas.

“O nosso recado principal é que elas não estão sozinhas nessa batalha. Tanto nós, da Polícia Militar, quanto a Guarda Municipal, fazemos, sim, o acompanhamento e a fiscalização das medidas protetivas. Há quem diga que, se a medida protetiva fosse realmente eficaz, não haveria casos de feminicídio. Mas as estatísticas mostram que, sim, ela é um mecanismo efetivo. A fiscalização e o acompanhamento mostram ao agressor que aquela mulher está sendo cuidada, vista e amparada pelo Estado. Por isso, é importantíssimo: sempre que estiver passando por qualquer situação de violência, denuncie. Solicite a medida protetiva. Hoje, temos o Projeto Ampara, da Defensoria Pública, em que essa medida pode ser solicitada online. Se, por acaso, essa mulher não puder se locomover até a delegacia, até a própria Defensoria ou ao sistema Judiciário, ela pode fazer a solicitação pelo site da Defensoria Pública”, pontua a Cabo PM Renata.

Fotos: Rádio Litoral Sul FM.
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