“Esse encontro é para que o trabalhador portuário, de uma forma geral, todos os trabalhadores portuários, se esclareçam sobre essa situação. Apesar de a gente já vir passando por isso, muitos trabalhadores ainda se acham com pouco acesso à informação. Então esse foi o principal foco: trazermos as lideranças nacionais, principalmente as federações, para que pessoalmente expliquem ao trabalhador, e o trabalhador tenha a chance de fazer perguntas aos nossos representantes lá em Brasília", pontuou.
“As três federações de trabalhadores portuários, a FENCCOVIB, a FNE e a FNP, vêm negociando incansavelmente com a federação patronal, que é a FENOP, com o intuito de encontrar um texto substitutivo ao capítulo, ao título 6 do projeto de lei, que fala das relações de trabalho. Então, após muito debate, nós chegamos a um consenso. A plenária das três federações, em Brasília, aprovou esse texto substitutivo. Então, o objetivo é que esse texto seja integralmente acolhido pela Comissão Especial e, assim, a gente traga de volta as categorias de trabalhadores portuários. Ou seja, mantemos os vigias portuários, trabalhadores de bloco, consertadores, estivadores, arrumadores e conferentes. Bem como preservamos a negociação coletiva e trazemos, assim, segurança jurídica aos trabalhadores. Também garantimos, naturalmente, todo o processo de qualificação dos trabalhadores e de modernização da atividade portuária", explicou o vice-presidente.
“A Prefeitura está de mãos dadas com os trabalhadores portuários avulsos. A Câmara Municipal está de mãos dadas com os trabalhadores portuários avulsos. E nós vamos lutar de todas as formas, já estamos fazendo isso, indo a Brasília, participando de reuniões com os sindicatos e hoje desta plenária, para que isso não aconteça. Eu espero que os deputados federais possam se sensibilizar, entender e respeitar o trabalho desses trabalhadores portuários avulsos. Vou citar Paranaguá: temos o segundo maior porto do Brasil, o quinto porto mais eficiente do Brasil consecutivamente. Se nós somos isso, se nós somos essa potência, é porque isso se deve muito a esses trabalhadores. Então, tem que respeitar essas categorias que, com muito trabalho, e até com muitas vidas perdidas, construíram esse porto fantástico”, finalizou o prefeito.
"Nós já apresentamos nossas emendas para a proteção do nosso trabalho, que nós sempre defendemos que não deve mudar a legislação portuária, e sim aperfeiçoá-la. Como também, desde dezembro, estamos numa negociação muito efetiva com o setor patronal, porque a 733 não foi positiva nem para o setor patronal e nem para nós. Ela acaba com o órgão gestor, ela acaba com o operador portuário. E, nesse encontro, nós vamos apresentar os resultados disso para que todos fiquem sabendo e saibam o que têm que fazer e como têm que se posicionar", destacou.
“A gente está viajando o país, conversando com as bases, mostrando a importância da unidade, a importância de que nossos deputados, aqueles que nos representam, estejam junto com essa empreitada. A questão do trabalho do portuário avulso para a manutenção do registro do seu mercado de trabalho é imprescindível. A questão da manutenção da guarda portuária, com os seus princípios básicos, é fundamental, porque a guarda portuária tem que levar sempre em conta que é uma entidade, vou chamar assim, que faz parte da autoridade portuária, que fiscaliza as fronteiras. A gente está unido, as três federações estão unidas, os portuários estão unidos. Juntos vamos, sim, manter o nosso mercado de trabalho; juntos vamos mostrar que o Brasil precisa de nós, e nós, portuários, precisamos do Brasil”, ressaltou Giannetto.
“Quando a gente está negociando através da Câmara dos Deputados, sempre há dificuldade. O que nós negociarmos, o relator diz que vai assumir. Mas, ao assumir, ele vai ter que fazer um substitutivo do projeto de lei. E esse substitutivo é devolvido para aprovação da comissão. Ao devolver esse substitutivo, pode haver as emendas que nós chamamos de ‘jabuti’, emenda que desvirtua o que a gente negociou. Então sempre tem esse risco. Mas, como regra, os deputados, essas comissões especiais, sempre acabam acatando o que foi discutido entre as partes. Então essa é a nossa esperança”, frisou Mário Teixeira.
“A Câmara Municipal tem cumprido seu papel. Já enviamos uma comissão de vereadores a Brasília para justamente intervir junto aos deputados, junto ao Congresso Nacional, para que essas mudanças não ocorram. Até porque, no caso de Paranaguá, e não só de Paranaguá, mas de todas as cidades portuárias, vão sofrer com a supressão de frentes de trabalho, com a diminuição da renda dos trabalhadores. Então a gente não pode deixar que isso aconteça. Daí a importância dessa plenária, da importância de todos os parnanguaras estarem unidos em prol dessa categoria e em prol do desenvolvimento da cidade. Porque sem esse trabalho, ou com a diminuição desse trabalho, o comércio perde, a cidade perde”, disse Adalberto.
"Nós estamos passando um momento complicado, difícil, porque essa lei, essa PL 733 que está em Brasília, na verdade eles querem acabar com as condições da cidade, e isso acontecendo acaba com o nosso mercado de trabalho, e a precariedade do trabalho em Paranaguá vai ser muito grande. Para todos os TPAs, para todos os sindicalistas, isso é muito ruim para a nossa categoria. A parte mais envolvida, mais interessada nesse momento da permanência do nosso sindicato, é o pessoal novo que está chegando, porque o pessoal das antigas, daqui uns 4, 5 anos, tudo saindo fora. E nós temos que brigar para preservar o mercado de trabalho do pessoal que está ficando no nosso lugar", destacou.