“No Norte do Estado é muito raro ter quatro dias seguidos, por exemplo, com o tempo fechado e chuvoso. Já no Litoral e Região Metropolitana isso não é tão difícil e, às vezes, é possível ter períodos muito maiores do que isso no Sul do Estado, onde também tem dias bem mais frios do que em outras regiões”, afirma o coordenador de operações do Simepar, Marco Jusevicius.
“Percebo no atendimento clínico, no período chuvoso, as pessoas pedindo mais a consulta online. E muitas das pessoas que vêm presencialmente estão com menor qualidade do estado emocional”, afirma Izabela. “A pessoa, por exemplo, vai ter um prejuízo no trabalho, porque não está indo trabalhar, ou vai ganhar peso porque não está indo para a academia, e é aí que a precisamos estar de olho. A tristeza do inverno pode ser comparada com a preguiça. Já a depressão sazonal é realmente a intensidade de não fazer as coisas”.
“A falta dela, mesmo que seja em proporções pequenas, causa um desânimo e bloqueia também a entrada de outras vitaminas que são importantes para nós, como a vitamina C e a B12. Mesmo com um suplemento vitamínico às vezes fica difícil de suprir, e aí a pessoa pode entrar em um processo depressivo que leve a situações mais graves, que necessitem de medicação”, afirma a psicóloga.
“A meteorologia fala pelos números. Não usa a percepção, pois ela é bem pessoal e pode ser enganosa quanto aos dados reais. O sensor de temperatura da estação meteorológica fica abrigado. O ar está constantemente passando por ele, mas não está sendo aquecido nem resfriado, mesmo que esteja formando gelo ou sob sol intenso do lado de fora do sensor. Assim é possível saber a temperatura real do ar naquele local”, conta Jusevicius.