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Casos de síndrome respiratória atingem maior número dos últimos dois anos
Boletim da Fiocruz aponta aumento de 91% nas hospitalizações; vacinação contra gripe é essencial, alerta especialista
Por Danillo Karlo
13 de Junho de 2025 às 11:38
O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025. De acordo com o boletim InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de notificações nas últimas quatro semanas é 91% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do maior patamar registrado nos últimos dois anos.
A alta, considerada atípica, se concentra nas regiões centro-sul do país. Os principais agentes responsáveis pelo aumento das hospitalizações são o vírus Influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A análise abrange a Semana Epidemiológica 23, entre os dias 1º e 7 de junho.
Apenas em alguns estados — como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e o Distrito Federal — os dados apontam sinais de estabilização ou início de queda nos registros. No entanto, mesmo nessas áreas, o número de internações segue elevado.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, a Influenza A tem impactado principalmente os idosos, enquanto o VSR é o maior responsável pelas hospitalizações de crianças.
“Por isso, reforçamos a importância da vacinação contra a gripe. É a forma mais eficaz de evitar casos graves e mortes”, afirmou Tatiana. Ela também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e com aglomeração em caso de sintomas gripais.
Apesar de sinais pontuais de queda, o crescimento entre crianças pequenas ainda preocupa, sobretudo nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Entre os idosos, as capitais com maior tendência de aumento de casos são Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de
Janeiro. Já entre os jovens e adultos, o aumento também atinge cidades como São Luís e Porto Velho.
Nas quatro últimas semanas, os casos positivos se dividiram entre: Influenza A (40%), VSR (45,5%), rinovírus (16,6%), Influenza B (0,8%) e Sars-CoV-2 (1,6%). Entre os óbitos, a maioria teve Influenza A (75,4%) como causa, seguida de VSR (12,5%) e Covid-19 (4,4%).
Rádio Litoral Sul, com apoio nas informações da Agência Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.